III-1 MUDANÇAS CULTURAIS E A REESTRUTURAÇÃO DO TURISMO
Imagem – 17 Ferias Reais
Fonte:https://acasahomedesign.com/category/arquitetura-2/
“O pós-turista é fruto de todo esse processo de descontemplação do olhar turístico. De acordo com Lash e Urry (apud Labat, 2000). Para ver muitos dos objectos típicos do olhar não há necessidade de sair de casa (esse olhar pode ser exercido por meio da TV, da internet…). Além disso, a tecnologia globalizada permite a reprodução de todos os tipos de cenários existindo assim, uma preocupação bem menor em relação ao autêntico - o olhar-uma-vez-na-vida – o olhar único. Já Naisbitt (1994) contradiz dizendo que:
“ … por mais que se torne sofisticada a estrutura das telecomunicações ou maior que seja o número de actividades de lazer […] possíveis de ser realizadas no conforto de nossas salas de estar, a maioria de nós continuará se levantando de suas poltronas, pois não existe substituto real para o turismo.” (Gonçalves, M)
Fonte:https://andersonufrn.googlepages.com/O_comportamento_do_pos_turista_no_ce.pdf
“Somente á pouco mais de meio século, pesquisadores de área de ciências sociais mostraram-se motivados a estudar o turismo, o que para Barreto (2003) é um paradoxo. O turismo, e todas as actividades que envolvem, constitui - se essencialmente pelo deslocamento de pessoas e pelo contacto entre elas. A partir da percepção das relações interpessoais proporcionadas pela actividade turísticas podemos vislumbrar os diversos aspectos que podem ser abordos pela antropologia. Barreto (2003) realiza quase que uma “crónica” dos estudos de antropologia aplicada ao turismo e constata que a maior parte desses estudos tem focalizado, em especial, os impactos nas culturas receptoras, os processos de aculturação e as questões de autenticidade.
Apesar de demonstrar uma preocupação excessiva com a aculturação, com os impactos que certas formas de turismo provocam - especialmente o cultural e o étnico, com as supostas relações assimétricas estabelecidas a partir da relação “ turista - anfitrião”, e com as possíveis descaracterização e comercialização das culturas, Barreto (2003, p.26) atesta a importância das ciências sociais na formação de um “ saber fazer”.
É inegável que o turismo potencializa o contacto com os outros por se caracterizar pelo deslocamento de pessoas para lugares nos quais não residem, o turismo possibilita o confronto entre turistas e comunidades receptoras. “ (Figueiredo, A & Ramos, K, 2008)
Fonte: https://intercom.org.br/papers/nacionais/2008/resumos/R3-0999-2.pdf
Análise critica dos documentos
Doc.8 – “Contactos culturais no Turismo: uma reflexão sobre os processos de aculturação”. Este documento trata dos estudos de Barreto sobre a aculturação do Turismo. Barreto diz que o turismo possibilita sempre o contacto interpessoal, isto é, com os outros; isto porque se caracteriza por as pessoas se deslocarem para locais onde não residem. Assim, dá-se o confronto entre os turistas e as comunidades receptoras, ou seja, entre diferentes culturas – aculturação.
Imagem 15 – “Férias reais”. Esta imagem mostra-nos um resort nas Maldivas. Uma vez que este é um espaço não massificado e que propõe ao turista especialistas qualificados, podemos partir do princípio que é um local próprio para pessoas de realeza passarem férias, pois lá terão à disposição serviços e tratamentos especiais, diferentes e únicos.
Documento 9 - “O pós-turista”. Este documento fala-nos um pouco do que é o pós-turista e conclui, também, que por mais evoluídas que sejam as tecnologias, e que cada vez mais seja possível a realização de várias actividades no conforto dos nossos sofás, a maioria de nós viajará sempre que possível, praticando o turismo real.